Abra a janela
A lua que
brilha lá fora
Não é a mesma
de luar do sertão
Abra a janela
A lua que
brilha lá fora
Atrás do
edifício
O silêncio
sereno à sombra do mar
No sobrado
negro desse hotel colonial
Você corre
louca a procurar estrelas pelo chão
E descobre a
noite no espelho negro do verão
E não quer
mais hoje
O firmamento
é só a nudez
Sem a
cabrocha, o luar, o violão
Abra a janela
Respire o
cheiro de fora
Depois vá pra
cama
E refaça a
cabeça à sombra do mar
No sobrado
negro desse hotel colonial